Dandara Para Todas as Mulheres com Bia Nogueira e Grupo dos Dez estreia 30 de janeiro

A MULTIARTISTA BIA NOGUEIRA E O GRUPO DOS DEZ
ESTREIAM “DANDARA PARA TODAS AS MULHERES”, ESPETÁCULO CÊNICO-MUSICAL QUE REFLETE SOBRE O UNIVERSO DA MULHER NEGRA CONTEMPORÂNEA:
LUTA, ABUSO, SOLIDÃO E MATERNIDADE


O novo trabalho da companhia, sob direção e atuação da cantora, atriz e diretora musical do premiado espetáculo Madame Satã (dirigido por João das Neves e Rodrigo Jerônimo), faz curta temporada de 30 de janeiro a 2 de fevereiro, na Funarte MG, com entrada gratuita. Este projeto é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte

Solidão, luta, resistência, amor, ofício e maternidade a partir do olhar da mulher negra contemporânea. São os temas abordados em “Dandara Para Todas As Mulheres”, novo espetáculo cênico-musical do Grupo dos Dez, que tem estreia marcada para o dia 30 de janeiro (quinta) e faz curta temporada na Funarte até 2 de fevereiro, de quinta a domingo, sempre às 19h, dentro da programação do Verão Arte Contemporânea. Com direção geral de Bia Nogueira e direção musical de Débora Costa, a obra traz no elenco a artista Bia Nogueira, acompanhada pela banda A Carta - Débora Costa (percuteria e eletrônicos), Thiago Quintino (teclado) convidando Cinara Motta (baixo) -, além de coro de 15 mulheres negrasParticipação especial das artistas Andréa Rodrigues, Cleópatra, Kátia Aracelle e Juliene Lelis (narração). Assistência de direção: Rodrigo Jerônimo. A entrada é gratuita (retirada de senhas 1 hora antes da sessão). Gênero: espetáculo cênico-musical. Classificação indicativa: Livre. Mais informações: (31) 3213-3084 e nas redes sociais do @grupodosdez e @bianogueiraoficial.

" ‘Dandara Para Todas as Mulheres’ surge do desejo de trazer a reflexão sobre o ser mulher”, explica a diretora Bia Nogueira. Multiartista negra e representante da geração da nova MPB. Ela conta que a última montagem do Grupo, “Madame Satã” (2014), partiu da figura lendária do Rio de Janeiro das décadas de 60 e 70 para falar sobre homofobia e racismo. Agora, o coletivo evoca a figura quase mítica de Dandara para trazer a discussão sobre machismo, racismo e a resistência da mulher negra contemporânea. “Esse trabalho é uma celebração por estar vivo, viva. Um espetáculo para ver, sentir e dançar, mostrando que a vida resiste e que a arte insiste em tornar o mundo um lugar melhor para todos”, acrescenta.

A obra tem como referência teórica o livro “Mulher, Raça e Classe”, da filósofa estadunidense Angela Davis, que aborda a luta feminista sob a perspectiva da militância negra feminina. “Toda forma de opressão e a luta contra essas opressões, estão registradas, ainda que de maneira distorcida, às vezes ocultada, nas páginas da história mundial. Você pode ser afetada socialmente pelo racismo, pelo machismo, pela LGBTfobia, mas, a grande maioria de nós é classe trabalhadora e temos esse algo em comum. O que eu quero com esse trabalho é trazer a reflexão: o que nos une em tempos como os nossos de intolerância? ”, questiona.

diversidade também foi um dos critérios utilizados para a escolha do elenco da peça. “Damos protagonismo às mulheres negras, mas também trazemos à cena mulheres brancas e um homem, na banda. A equipe técnica segue a mesma configuração. Apesar da minha história de militância em coletivos que fortalecem a luta negra - o Imune que valoriza a música negra, o Grupo dos Dez (teatro negro), o coletivo Mulheres Criando que realiza o Festival Sonora de valorização da mulher compositora - estou numa fase de querer o diálogo e de me misturar cada vez mais”, explica.

Além da temática de militância que permeia toda trajetória da artista, Bia Nogueira resgata com o novo trabalho um desejo antigo de unir o teatro e a música, especialmente a interseção da música eletrônica e da música acústica, executada ao vivo, em interação com projeções de vídeo, resultando em uma obra multimeios. No repertório, canções autorais e parcerias da artista com Black Josie, Barulhista, Léo Kildare, Marcos Fábio de Faria e Alysson Salvador, além de interpretações de composições de Deh Mussulini com Leonora Weissmann e Charley Vasconcelos com Tamara Franklin e Marcos Fábio de Faria.

A artista diz ainda que a ideia original era fazer um solomas a obra ganhou acento documental com a presença em cena de relatos de 15 vozes femininas. “Durante o processo, fiz um chamado às mulheres negras. Em oficina comigo, elas experimentaram a pesquisa estética do grupo dos Dez que é a Ação-musical-dramatúrgica. Nesse encontro, discutimos juntas as histórias de opressão vividas por elas e isso acabou virando cena”, conta.

FICHA TÉCNICA
Direção Geral: Bia Nogueira Assistente de Direção: Rodrigo Jerônimo | Direção Musical: Débora Costa | Dramaturgia: Bia Nogueira e Marcos Fábio de Faria | Músicos: Cinara Motta, Débora Costa, Thiago Quintino | Arranjos: Débora Costa, Bruno de Oliveira e Thiago Quintino | Iluminação: Tainá Rosa | Assistente de iluminação: Samir Soares | Produção Musical: Débora Costa | Cenário e Figurino: Zaika dos Santos | Assistente de cenário e figurino: Guilherme Xavier | Sonorização: Flora Guerra | Elenco: Andrea Rodrigues, Bia Nogueira, Juliene Lelis (narração), Kátia Aracelle e Cleópatra | Participação especial: Gabriela Vieira, Jessica Garcêz, Madu Santos, Malu Dimas, Maria Luiza Rodrigues, Marlene Ferreira, Priscila Martins, Sirlene Salvador, Suellen Ohana, Ana Azevedo, Raniele Barbosa, Isabela Galante, Mariana Lacorte, Layla dos Santos, As Melíades: Lauina Silva, Fabiane Apolinário, Ariane de Carvalho, Giovane Cruz, Ravana Ferreira, Arielce Campos, Adriana Cruz. | Gestão de Projetos: Fabrício Belmiro | Fotografia: Bartira Duarte, Fabrício Belmiro, Paulo Abreu, Xu Ayed Filmagem: Henrique Bocelli Falcão, Marcelo Slander | Produção: Fabiana Bergamini e Bartira Duarte | Assistente de Produção: João Lucas Condé | Design Gráfico: Fabrício Belmiro e Peleja Comunicação | Assessoria de Imprensa: Beatriz França - Rizoma Comunicação e Arte | Marketing Digital: Amorina | Coordenação de Produção: Bia Nogueira | Realização: Grupo dos Dez

BIA NOGUEIRA
Bia Nogueira é multiartista negra, representante da nova MPB. Atua como cantora, atriz, compositora e produtora. Idealizadora e artista do Coletivo Imune, aprovado no edital Natura Musical, uma das coordenadoras do Festival Sonora e integra a banda Yônica. Lançou em 2018 O CD Diversa, com composições próprias e da novíssima cena da música mineira. Em 2020 lança o álbum Eletronika, com remixes de seu álbum anterior, além de parcerias com o produtor musical Barulhista. Também lançará no próximo ano, junto ao seu grupo de teatro, a trilha sonora original do espetáculo Madame Satã, que é estrelado por Djonga, que também participará do CD.

A artista tem proposto a fusão da MPB, a música eletrônica e a música afro-mineira - cuja principal característica é a presença do tambor mineiro, encontrado no congado de Minas Gerais. No primeiro disco, essa pesquisa aparece timidamente. No seu próximo CD essa mistura se consolida esteticamente. O show é atravessado pela forte relação com o teatro.

Além de receber destaque na imprensa de Belo Horizonte, na ocasião do lançamento do álbum autoral Diversa, Bia também foi apontada como uma referência da militância negra musical, na coluna paulistana de Miguel Arcanjo Prado, no UOL: “Quando o assunto é Consciência Negra, a multiartista Bia Nogueira é referência(...) Agora, participa com Djonga e Rodrigo Jerônimo da performance In Maison (...)na capital paulista”. Recentemente participou do programa Globo Horizonte com seu Coletivo Imune para falar sobre o projeto aprovado no Natura Musical que será realizado em 2020.

No teatro integrou diversas montagens, com destaque para o premiado Madame Satã que a artista atua e assina a direção musical do espetáculo dirigido por João das Neves e Rodrigo Jerônimo. Também foi responsável por compor parte da trilha sonora. Madame Satã recebeu em 2019 o prêmio Arcanjo de Cultura em São Paulo. Foi indicado ao Prêmio Aplauso Brasil 2018 como melhor espetáculo musical (SP); listado entre os melhores do ano de 2017 na Folha de São Paulo; ganhador do Prêmio Leda Maria Martins 2017, na categoria melhor espetáculo longa duração (MG) XI Prêmio de Direitos Humanos e Cidadania LGBT, da CELLOS-MG, entre outros. Em 2019, Bia Nogueira foi finalista no Festival da Canção de Itabirito.

GRUPO DOS DEZ
O Grupo dos Dez surge em 2008 com o desejo de seus integrantes de pesquisarem o teatro musical brasileiro. A pesquisa do grupo está centrada na busca de uma linguagem que dê conta da criação de musicais com a nossa cara: de brasileiros das gerais. Terra onde a música é um amálgama do diamante de suas vozes com o ouro de suas melodias e harmonias.

Saga no país das Gerais foi o primeiro espetáculo do Grupo dos Dez. Baseado na obra do romancista mineiro Agripa Vasconcelos, o espetáculo teve direção de João das Neves e Direção Musical de Titane. O segundo espetáculo do Grupo, intitulado Evangelho Bárbaro, também continua a pesquisa acerca da obra de Agripa Vasconcelos, em um musical tipicamente brasileiro. A direção do espetáculo foi de Elisa Santana e a direção Musical de Marcelo Onofre.

Madame Satã é seu terceiro espetáculo, e conta com direção de João das Neves e Rodrigo Jerônimo; Bia Nogueira assina a direção Musical e Alysson Salvador, os arranjos. O espetáculo está há quatro anos em cartaz e foi indicado como um dos melhores do ano em 2017 pela Folha de S. Paulo. Venceu o Prêmio Leda Maria Martins 2017 na categoria de Melhor Espetáculo de Longa Duração e recebeu indicações a diversos outros prêmios. No ano de 2019 o espetáculo conta com o músico Djonga no elenco.

SERVIÇO:
TEMPORADA DE ESTREIA “DANDARA - PARA TODAS AS MULHERES”
Direção geral: Bia Nogueira
Direção Musical: Débora Costa | Assistência de direção: Rodrigo jerônimo
Elenco: Bia Nogueira, Banda A Carta (Débora Costa, Cinara Mota, Thiago Quintino)
e coro de 15 mulheres (ver ficha técnica).
Participações especiais de Kátia Aracelle, Andréa Rodrigues, Cleópatra e
[30, 31 de Janeiro e 1º e 02 de Fevereiro – sempre às 19h]
Local: Funarte MG - Rua Januária, 68 - Centro, Belo Horizonte
Classificação etária: livre | Gênero: Espetáculo cênico-musical
Entrada Franca (retirada de ingressos 1 hora antes).
Sinopse:
O espetáculo cênico musical "Dandara Para Todas as Mulheres" propõe reflexão sobre o ser mulher hoje e, especialmente, a mulher negra. Realizado pelo Grupo dos Dez, a produção é uma celebração por estar vivo. Um espetáculo para ver, sentir e dançar, mostrando que a vida resiste e que a arte insiste em tornar o mundo um lugar melhor para todos.
Mais Informações:
Funarte - (31) 3213-3084 e nas Redes Sociais do @grupodosdez e @bianogueiraoficial.

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