Novo disco de Luiza Brina Tão Tá evidencia influências da cultura popular da América Latina

Foto e divulgação do disco por Flávia Mafra - www.luizabrina. com

Disco estará disponível para dowload no site da cantora

A cultura popular da América Latina é outro interesse presente nas composições de Luiza Bruna que, ainda adolescente, pesquisava ritmos, histórias e rituais do continente. Esses elementos, latentes em “A toada vem é pelo vento”, voltam a fincar raízes em “Tão Tá”.

A cantautora Luiza Brina lança o disco “Tão Tá” esta semana. Este é o segundo trabalho apresentando 13 faixas, que podem ser baixadas gratuitamente pela internet a partir do dia 19 de janeiro.  As pequenas e ordinárias odisséias humanas - relações de afeto, saudades atadas e desatadas ao sabor irresponsável do tempo, histórias de viagens e engajamento político - foram inspirações para o segundo álbum da cantautora mineira Luiza Brina.

Compositora, arranjadora e multi-instrumentista, ela disponibiliza as 13 canções de sua nova imersão musical a partir de 19 de janeiro, em download gratuito por meio de seu site oficial (www.luizabrina. com). 

O disco foi concebido ao longo de dois anos e meio no Estúdio304, do produtor musical Chico Neves, que já foi responsável por trabalhos de Arnaldo Antunes, Lenine, Lô Borges, Los Hermanos e Skank. As artistas Flávia Mafra, Nina Aragón e Sara Lana são responsáveis pela concepção artística do novo trabalho. Quem assina o figurino de “Tão Tá” é Geórgia Brant. Já o grupo O Liquidificador, que acompanha Luiza, é formado por Analu Braga, Alcione Oliveira e Di Souza nas percussões; Aline Gonçalves, João Machala, João Paulo Prazeres e Maria Raquel Dias no quarteto de sopros; Vanilce Peixoto no violoncelo.

TÃO TÁ

Em seu novo trabalho, Luiza destaca a inventividade extraída do trabalho conjunto com Chico Neves. “O Chico é muito cuidadoso e entusiasmado com as sonoridades que se podem extrair dos timbres dos instrumentos. A criatividade e a magia dele fizeram a diferença na hora de captar os sons de um grupo que tem uma formação meio inusitada”, ressalta a cantora, de 28 anos, sobre o aspecto quase camerístico do grupo Liquidificador, sustentado pela presença de clarinete, flauta, trombone, saxofone, violoncelo e percussão. A ela cabem a voz e o violão.

“Tão Tá” absorve as miudezas de todas essas experiências e prepara o terreno para mais uma criação autoral, cujas composições abraçam o sabor da feminilidade e, a seu modo musical, rendem-se às perguntas que nos acompanham desde sempre: Quem eu sou? De onde vim? Para onde vou? “Tão Tá” aceita o mistério e faz dele canção.    

SOBRE AS FAIXAS

Das 13 faixas do novo disco, apenas uma não traz a assinatura de Luiza. A exceção é “Remanso”, que promove o encontro de “Grande Sertão: Veredas”, obra clássica de Guimarães Rosa, com a festa do Boi do Maranhão. A música é de Gustavito. As canções escolhidas para o álbum foram compostas entre 2010 (quando a cantora morava no Rio de Janeiro) e 2015 (de volta a Belo Horizonte). Entre elas, as três primeiras da série “Orações”, resultado criativo de um intenso e delicado período em
que ela sofreu com crises de pânico. “São reflexões sobre espiritualidade, falam da vida e da morte, das seguranças e inseguranças que habitam os seres”, afirma. 

Outro destaque de “Tão tá” é “Costi”, gravada também para o novo CD do grupo Graveola e o Lixo Polifônico, que narra o encontro de Luiza com uma tia-avó espanhola, socialista e feminista.

SOBRE LUIZA BRINA

Cantora, arranjadora e multi-instrumentista, a mineira de Belo Horizonte se desdobra em espaços múltiplos da música, reforçando seu caráter polivalente: atualmente, integra o Graveola e o Lixo Polifônico, o grupo de canções de câmara BOREAL e o Coletivo ANA, este formado apenas por mulheres. Para além da rica sonoridade das Gerais, Luiza encontra inspiração constante no baiano Gilberto Gil e na paulista Rita Lee. Do primeiro, sublinha especialmente as temáticas das canções. “Pela maneira que transforma suas inquietações em música, além dos arranjos do violão, Gil é o cantautor que mais me instiga”, reforça. Lee, por sua vez, é um dos elos sonoros mais antigos e duradouros que a cantora mantém: “Ouço, apaixonadamente, desde criança. Sua figura de mulher compositora me influencia até hoje”.

LANÇAMENTO ONLINE

O disco estará disponível na internet a partir do dia 19 de janeiro, com download gratuito no site da artista (www.luizabrina.com), bem como nas diversas plataformas digitais.


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