Canção exalta o filosófo e poeta

Da poesia modernista de Oswald Andrade à filosofia contemporânea de Benedito Nunes, passando pelo pequeno espaço que une (pelo bem, pelo mal) São Paulo e Belém do Pará. A canção “Oswald Canibal”, que é resultado da parceria entre o poeta Paulo Vieira e o compositor Henry Burnett apresenta esses diálogos e terá seu videoclipe gravado em junho.

Segundo Henry, a canção fala da ambição do modernista paulistano Oswald de Andrade e cita o recorrente diagnóstico oferecido pelo filósofo paraense Benedito Nunes sobre o esfacelamento de Belém. Em meio à efervescência cultural contemporânea da cidade, a música chama a atenção para problemas que existem e persistem na capital do Estado.

Para a produção do videoclipe, que foi idealizado pelo CLIC (https://www.facebook.com/curtaclic) e terá a produção da Fóton Filmes (https://www.facebook.com/fotonfilmes), está sendo realizada até o fim de maio uma campanha de financiamento coletivo no site “Eu Patrocino” (http://eupatrocino.com.br/videoclipe-oswald-canibal-de-henry-burnett).

O vídeo será lançado em setembro deste ano, e anuncia o álbum “Belém Incidental”, de Henry Burnett, a ser lançado no início de 2015.
Produção depende de colaborações
Para colaborar com a produção do videoclipe, basta acessar o site “Eu Patrocino” e lá fazer sua doação. O investimento varia de 20 reais a mil reais. As contrapartidas variam: desde inclusão do nome nos créditos da obra, CDs, DVD e camisas, até ingressos para lançamento do vídeo e visita ao set de filmagem.

Mais informações: Tumblr: http://oswaldcanibal.tumblr.com/; Facebook: http://goo.gl/7EwVBT;
Link da campanha: http://eupatrocino.com.br/videoclipe-oswald-canibal-de-henry-burnett;
Enderson Oliveira (CLIC): (91) 8908-8827 e 9181-8929 / enderson.oliveira12@gmail.com;
Victória Costa (Fóton Filmes): (91) 9198-7676 e 8801-1901 / victoriaetcosta@gmail.com
Crítica social e estética na análise da obra do modernista
Segundo Paulo Vieira, o mote para a composição foi o livro “Um homem sem profissão”, primeiro e único volume da autobiografia de Oswald Andrade, que seria escrita em cinco volumes, mas interrompeu-se pela morte do autor. Mesmo incompleta, a obra foi base para Benedito Nunes -ao escrever o livro “Oswald Canibal”- tornar-se um dos principais intérpretes daquele que é uma das principais figuras do movimento literário da Antropofagia no Brasil. Daí a referência ao “canibalismo” na letra da canção e no título do livro de Benedito, apesar do filósofo não ter analisado a obra “Um homem sem profissão”, mas sim a poesia de Oswald e seu caráter antropofágico. “A música não se refere ao livro de Benedito diretamente, só o título é que foi tomado ‘emprestado’”, afirma Henry.

Ainda de acordo com o cantor paraense, ao referir-se ao cenário apresentado na canção, “o Brasil – principalmente suas capitais – estão cada vez mais parecidas; infelizmente elas se igualam pela destruição, e não pela incorporação de elementos positivos. O cenário pode ser atribuído às artes em qualquer lugar do Brasil”, disse.

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